Nível do Rio Negro volta a subir em Manaus e bate novo recorde

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Cheia histórica em Manaus é a maior dos últimos 119 anos. — Foto: Rebeca Beatriz / G1 AM
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Cheia histórica em Manaus é a maior dos últimos 119 anos. — Foto: Rebeca Beatriz / G1 AM

Após permanecer estável nos 30 metros por nove dias e registrar até uma pequena baixa de um centímetro, o nível do Rio Negro voltou a subir em Manaus.

Nesta quarta-feira (16), o nível do rio chegou aos 30,02 metros. É a maior marca da história desde o início dos registros, em 1902.

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Prédio da alfândega, no Centro histórico de Manaus, durante cheia de 2021. — Foto: Rebeca Beatriz / G1 AM

De acordo com o boletim da Defesa Civil, em todo o Amazonas, mais de 455 mil pessoas foram atingidas pela cheia.

Prejuízos na capital

Em Manaus, foram construídos 10 mil metros de pontes e passarelas em 20 bairros da capital Amazonense, segundo informações da Defesa Civil.

Em diversos pontos, a circulação de pessoas ocorre somente por meio de passarelas. O centro histórico registra vários pontos de alagamento. A Praça do Relógio e o prédio da Alfândega estão entre os locais mais atingidos.

água do rio Negro também invadiu o local onde funcionava a mais tradicional feira da capital, a Manaus Moderna. Como isso, os feirantes foram transferidos para uma balsa. Comerciantes relatam prejuízos. Lojistas tiveram os estabelecimentos alagados, mesmo com as contenções para impedir a entrada da água.

A previsão do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) era que o rio chegasse à cota máxima de 30 metros A expectativa é que, agora, o nível do rio comece abaixar. De acordo com o órgão, abaixo dos 27 metros o nível do rio é considerado patamar normal para a cheia.

Maiores cheias do Rio Negro

  • 2021 – 30,02 m
  • 2012 – 29,97 m
  • 2009 – 29,77 m
  • 1953 – 29,69 m
  • 2015 – 29,66 m
  • 1976 – 29,61 m
  • 2014 – 29,50 m
  • 1989 – 29,42 m
  • 2019 – 29,42 m
  • 1922 – 29,35 m
  • 2013 – 29,33 m
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Moradores de Manaus enfrentam ruas alagadas e lixo acumulado na região central da cidade de Manaus (AM) — Foto: NELSON ANTOINE/ESTADÃO CONTEÚDO

Cidades em situação crítica

Em praticamente todo o Amazonas, a cheia causa inundações e prejuízos. De acordo com dados da Defesa Civil, mais de 400 mil pessoas estão afetadas. Das 62 cidades, 48 estão em situação de emergência.

INTERIOR: Após bater cheia recorde em 2021, rio Amazonas segue baixando em Itacoatiara (AM)

Em Parintins, por exemplo, o Rio Amazonas já registra a maior cheia da história. Ruas principais da cidade registram pontos de alagamento. Nas comunidades rurais, produtores contabilizam perdas de safras inteiras por conta da inundação das produções.

Em Itacoatiara, o nível do Rio Amazonas baixou para 15,12 metros, segundo o boletim da Defesa Civil divulgado neste sábado (12). Neste ano, o rio atingiu uma marcar recorde de 15,20 metros, a maior já registrada na história da cidade. Apesar da descida no nível do rio, vários bairros da cidade estão com as ruas inundadas desde o mês de março. Por conta disso, comerciantes relatam aluguéis atrasados e mercadorias estragam em contato com a água.

Em Manacapuru, na Região Metropolitana, a cheia também é considerada histórica. O Rios Solimões atingiu a marca de 20,82 metros, superando em quatro centímetros o recorde de 2015. (Veja o vídeo abaixo).

Já em Anamã, a situação é ainda mais crítica. O município, a 165 quilômetros de Manaus, recebeu uma balsa hospital para atender a população depois que a subida do rio Solimões alagou o Hospital Francisco Salles de Moura e os atendimentos foram suspensos. São 9.570 pessoas afetadas.


Fonte: G1 Amazonas

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