Redação – A Câmara Municipal de Manaus (CMM) suspendeu, na noite dessa sexta-feira (17), a licitação de aluguel de 41 automóveis modelo picape. A decisão de suspensão da licitação ocorre após coletiva de imprensa realizada pelos vereadores Rodrigo Guedes (PSC) e Amom Mandel (sem partido) que afirmaram que iriam entrar com uma ação contra o aluguel. A diretoria da Casa publicou um aviso sobre a suspensão do processo no Diário Oficial do Município (DOM).
De acordo com Rodrigo Guedes, existem outras prioridades que precisam de recurso do que gastar dinheiro com aluguel de picapes. “Os vereadores já recebem um auxílio que é o Cotão, então não tem motivo para gastar dinheiro com aluguel de automóveis, ainda mais quando esse valor é alto. Um dos exemplos é a vila olímpica que fica atrás da CMM que está abandonada e preferem gastar dinheiro com esse tipo de projeto”, relatou.
“Duas vitórias no mesmo dia! Confesso que estou muito feliz. Quando saiu o aviso de licitação, há duas semanas, já havia anunciado na imprensa que não aceitaria essa picape. Hoje deixamos claro que ingressaríamos na Justiça. Pouco tempo depois, minutos, o processo foi suspenso! Vitória do povo”, afirmou Rodrigo Guedes.
Já o vereador Amom afirmou que esse é um desperdício do dinheiro público. “São R$ 4 milhões por mês para aluguel desses veículos que precisam ser investidos em outros projetos. A partir de agora, eu e o vereador Rodrigo Guedes vamos fazer um pente-fino em todas os projetos da CMM para averiguar onde que o dinheiro público está sendo investido”, explicou.
Sobre a licitação
O edital do Pregão Presencial nº 013/2021 previa a locação de 41 veículos do modelo Picape, movido a combustível renovável ou tecnologia “flex”, com motor de 2.4. A justificativa era de que o carro atenderia a Mesa Diretora e as Comissões da Casa Legislativa. O gasto seria de R$ 99.734,40 por ano para o aluguel dos veículos, referente a um custo de R$ 8.311,20 por mês.
“Puxadinho”
A Justiça do Amazonas, por meio do juiz plantonista Marcelo da Costa Vieira, atendeu, nessa sexta-feira, 17, um pedido dos vereadores para barrar a construção do prédio anexo II da Câmara Municipal de Manaus, também conhecido como “puxadinho”, que tinha o valor de custo avaliado em quase R$ 32 milhões. Segundo a decisão, a multa diária é de R$ 100 mil para quem descumprir a medida.
O projeto para a construção do prédio foi idealizado pelo presidente da Casa, David Reis, que explicou que o local teria 51 gabinetes, além de 111 vagas de estacionamento, elevadores e outros benefícios. Ele ainda destacou que esse projeto é para receber um número maior de vereadores para os próximos 20 anos, mas, segundo os vereadores, Manaus teria que ter entre 6 a 7 milhões de habitantes e, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, esse número só poderia ser atingido em 2060.
Fonte: Agência Cenarium