A defesa do casal Joabson Agostinho Gomes e Jordana Azevedo Freire, suspeitos da morte do sargento do Exército Lucas Guimarães, entrou com um pedido na Justiça para o relaxamento da prisão, na quinta-feira (23).
No pedido, a defesa solicita que Joabson e Jordana deixem os presídios onde estão custodiados para cumprirem prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica. O pedido está na Central de Inquéritos do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).
O crime aconteceu no dia 1º de setembro, e uma operação para prender os suspeitos de envolvimento foi realizada na terça (21). O casal ficou horas foragido, e se entregou à polícia no começo da tarde de terça.
O casal é dono do grupo Vitória Supermercados, e a polícia acredita que o assassinato do sargento tenha motivação passional. Eles estão presos em celas comuns porque não possuem ensino superior.
A delegada Marna de Miranda, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), informou que o sargento tinha um caso com Jordana, casada com o empresário Joabson Agostinho que, ao descobrir a traição, mandou matar a vítima.
Após a prisão, o casal passou a noite no cárcere da DEHS, saíram pela manhã para realizar exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), e seguiram para o presídio por volta de 13h30 de quarta-feira (22).
Em prisão temporária, eles foram levados para o Centro de Triagem do sistema penitenciário, onde devem ficar em custodiados. Eles saíram em carros separados, ambos esconderam os rostos e seguiram em carros descaracterizados.
Relacionamento extraconjugal foi comprovado, diz polícia
Após as prisões dos suspeitos, a delegada Marna de Miranda, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), informou que o caso se trata de um crime passional.
A delegada disse que o relacionamento extraconjugal foi comprovado. O marido da suspeita descobriu o caso após olhar o celular dela. A vítima tinha o relacionamento desde dezembro de 2020.
“A partir dessa descoberta, o sargento passou a ser vítima de ameaças, o que conduziu ele a ter alguns comportamentos. Ele começou a adquirir arma de fogo, contratou segurança privada, vivia com medo e temeroso pela vida. A vítima devolveu uma quantia de R$ 200 mil que foi entregue a um funcionário do supermercado no Batalhão do Exército onde o soldado trabalhava”, completou.
Segundo a delegada, a proprietária do supermercado dava dinheiro para o sargento e o marido acabou descobrindo.
“Comprovado nós temos: relacionamento extraconjugal, descoberta desse relacionamento e um desvio de dinheiro da rede de supermercados pela esposa do proprietário”, disse.
Após descobrir as traições, a mulher também sofreu violência doméstica por parte do empresário da rede de supermercados. O empresário contratou um atirador para mandar matar o sargento. O assassino ainda não foi identificado.
Fonte: G1 Amazonas