Fisioterapeuta é indiciada por maus-tratos após agredir criança autista em clínica de Manaus

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Imagem acima foi anexada nos autos da polícia com a descrição: "Às 14:31:46 – Visualiza-se a Sra. Samia falar com Isaías aparentemente ríspida em tom de ameaça e puxa a sua mão esquerda; Conforme imagem" — Foto: Arquivo pessoal
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Imagem acima foi anexada nos autos da polícia com a descrição: “Às 14:31:46 – Visualiza-se a Sra. Samia falar com Isaías aparentemente ríspida em tom de ameaça e puxa a sua mão esquerda; Conforme imagem” — Foto: Arquivo pessoal

Uma fisioterapeuta, de 44 anos, foi indiciada por maus-tratos pela Polícia Civil após agredir uma criança autista, de 8 anos, dentro de uma clínica particular em Manaus. O caso já foi encaminhado para a Justiça do Amazonas.

Em depoimento, Samia Patricia Riatto Watanabe negou as acusações. Ao g1, os advogados reiteraram a inocência da cliente e dizem que as acusações são infundadas.

O g1também entrou em contato com a família da criança, mas a mãe está abalada e preferiu não comentar sobre o ocorrido.

A mãe da criança denunciou o caso no 22º Distrito Integrado de Polícia no dia 17 de julho. Ela contou que o filho realizava tratamento de terapia ocupacional desde fevereiro deste ano.

Segundo os autos, no dia 1º de julho deste ano, o pai da criança foi até a clínica buscar o filho e questionou como havia sido a sessão. A vítima contou que a fisioterapeuta havia “batido em sua cabeça”.

No dia 19 de julho, a família teve acesso às filmagens de todas as sessões da criança. Foi possível identificar as agressões da fisioterapeuta contra o menino. Além disso, a mulher deixava a vítima sozinha sozinha em uma mesa, enquanto ficava no celular, diz o documento da polícia.

“A genitora requisitou as imagens das sessões de terapia e constatou que a suposta autora não cumpria com seu dever funcional e que houve agressões físicas e psicológicas”, diz os autos.

No dia 8 de agosto, em depoimento para a polícia, a suspeita afirmou que prestava serviço para a clínica e negou ter batido na cabeça da criança. Ela alegou que a “batida na cabeça”, o “toque na mesa”, o “puxar”, “fazer cosquinhas”, trata-se de um método chamada de “propriocepção e reforço sensório social”. A mulher informou que trata-se de um incentivo para que o paciente consiga realizar atividades motoras com o objetivo do paciente permanecer na mesa sem fugas, aumentando assim, o estado de alerta.

Ao g1, os advogados da defesa da suspeita Samia Patricia Riatto Watanabe enviaram a seguinte nota: “Nós reiteramos a inocência da Sâmia em face das alegações infundadas e acreditamos na melhor prestação jurisdicional para o caso, visto a nossa confiança no Poder Judiciário”, disseram os advogados Luan Damasceno da Cunha e Caio Tasso Gama Sampaio Callado.

A delegada Juliana Tuma, titular do 22º DIP, esclareceu que as partes envolvidas foram chamadas para esclarecimentos na delegacia, e a autora foi responsabilizada pelo delito. A delegada informou que o Inquérito Policial (IPL) foi concluído e remetido à Justiça.

O g1 entrou em contato com o Tribunal de Justiça e aguarda informações sobre a denúncia.

O que diz a clínica?

A fisioterapeuta indiciada pela agressão à criança foi desligada da empresa Speciale Clínica Multidisciplinar, antes mesmo da descoberta do caso da agressão à criança.

Em nota, o estabelecimento informou que “desde junho deste ano, após fatos administrativos que infringiam as normas da referida clínica, a Dra. Ana Paula Marques decidiu por bem rescindir a prestação de serviço bem como cancelar a permissão de utilização de espaço para atendimento da Terapeuta Ocupacional, por isso o desligamento da funcionária”, diz o texto.

Apesar da nota se referir a junho, no inquérito policial o menino teria relatado ao pai que a última agressão ocorreu em 1º de julho.

Ainda no texto, a empresa diz que após afastamento da profissional, procurada pela mãe da vítima, foi feita a análise das filmagens que evidenciaram as agressões. Diante desse fato, a clínica informou sobre as agressões os responsáveis pelos menores atendidos pela suspeita e que disponibilizou assessoria jurídica.

Fonte: G1 Amazonas

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