Redação – O Globo Rural acompanhou os desafios de funcionários do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, para monitorar ações de grileiros e o desmatamento na região.
O local é uma unidade de conservação, abrigada pela vegetação do Cerrado – segundo maior bioma do Brasil –, que vem sofrendo com o desflorestamento.
Imagens de satélite da Agência Espacial Europeia, por exemplo, mostram que o desmatamento no bioma ultrapassou 118 mil hectares em maio deste ano, um aumento de 35% em relação ao mesmo mês de 2022.
Só neste ano, quase 100 quilômetros quadrados de Cerrado foram derrubados no estado de Goiás, sendo que a maior parte ocorreu na Chapada dos Veadeiros.
Fiscalização
Nossa equipe acompanhou o trabalho do diretor do parque nacional e turismólogo Luís Neves. Ele contou que, desde o início do ano, a sua equipe investiga uma denúncia de desmatamento às margens do rio corrente.
Ao caminhar com ele pelo parque, a reportagem se deparou, por exemplo, com uma nova estrada, recém-aberta, sem autorização das autoridades. Além disso, encontrou madeiras que foram retiradas do bioma e construções irregulares de casas.
Por outro lado, comunidades que vivem na região adotam práticas que preservam o local. É o caso do Povo Kalunga, que está no território há mais de 340 anos. Dentro da terra deles, não é permitido desmatar. Eles costumam, por exemplo, cultivar uma área por 5 ou 6 anos, e depois deixam a mata se regenerar.
Para abrir uma nova área de plantio, precisam de uma autorização do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
Com informações do g1