Redação – A cantora Madonna homenageou durante a última noite da turnê “Celebration Tour“, que aconteceu nesse sábado, 4, em Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro, indígenas e personalidades brasileiras que lutam pela causa ambiental. A cantora americana incluiu nos telões do espetáculo fotografias de nomes como Txai Suruí, Sônia Guajajara, Marina Silva, Zaya Guarani, Raoni Metuktire e Bruno Pereira.
A cantora arrastou 1,6 milhão de pessoas para a areia da praia mais famosa do Rio de Janeiro, segundo a Riotur, empresa de turismo vinculada à Prefeitura da cidade. O show teve participação das cantoras Anitta e Pabllo Vittar, além de beijo gay, simulação de sexo oral e símbolos religiosos.
Madonna escolheu projetar no telão os rostos de pessoas influentes no Brasil, sobretudo aquelas com grande impacto na luta pelos direitos humanos e ambientais, além de artistas da cultura brasileira. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, agradeceu por ter sido lembrada no show.
“Muito honrada por ter sido lembrada no show da @madonna ao lado de brasileiras e brasileiros de imenso valor, contribuição artística, política e social de nosso país. Muito obrigada, Madonna!!“, disse.
A líder indígena Txai Suruí, da Juventude Indígena de Rondônia, apareceu nas telonas do espetáculo. A jovem, de 24 anos, é representante da etnia Paiter Suruí e filha do cacique Almir Suruí.
Sônia Guajajara, ministra dos Povos indígenas, também ganhou destaque na tour. A líder indígena foi apontada, em 2022, como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time. Em 2023, foi considerada uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela mesma revista.
Outra figura homenageada foi a modelo Zaya Guarani, natural de Rondônia e membro das etnias ‘Kamurape’ e ‘Guarani Mbya’. Em 2023, ganhou prêmio na categoria modelo Influenciadora na primeira edição do Latin American Fashion Awards. Na infância, a ativista presenciou de perto o conflito entre madeireiros, indígenas e mineradores.
O cacique Raoni Metuktire é um líder indígena da etnia Caiapó e porta-voz da causa indígena contra os desmandos ambientas e territoriais no Brasil. Em 1987, popularizou-se mundialmente após viajar o mundo com o cantor Sting. Em 2020, o cacique concorreu ao prêmio Nobel da Paz.
A aparição do indigenista Bruno Pereira nas telas da turnê também emocionou a população. Bruno da Cunha Araújo Pereira era funcionário da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e foi assassinado, em 2022, juntamente com o jornalista britânico Dominic Phillips. Ele era conhecido como um dos principais especialistas em indígenas isolados do Brasil.
Reportagem reprodução Agência Cenarium