Deportados dos EUA relatam agressões após aterrissagem em Manaus

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Deportados dos EUA relatam agressões após aterrissagem em Manaus

Redação – Agressões, falhas na aeronave, má alimentação e o uso de algemas foram algumas das denúncias feitas por cidadãos brasileiros deportados dos Estados Unidos ao chegarem em Minas Gerais, após pausa em Manaus (AM). O grupo, composto por 84 repatriados, desembarcou na noite desse sábado, 25, no Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte (MG).

A aeronave, inicialmente programada para pousar em Confins na noite de sexta-feira, 24, precisou pousar em Manaus devido à necessidade de manutenção. Quatro brasileiros que são da Região Norte ficaram na capital amazonense.

Um dos passageiros, o vigilante Jeferson Maia, relatou que as agressões começaram logo após o pouso da aeronave no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na Zona Oeste da capital do Amazonas. Segundo ele, enquanto o avião era abastecido, problemas no sistema de ar-condicionado geraram desconforto entre os deportados, levando alguns brasileiros a pediram para sair do avião, o que foi negado pelos agentes americanos. Em seguida, as agressões teriam ocorrido.

Imagens de brasileiros deportados dos EUA com sinais de escoriações (Reprodução/Arquivo Pessoal)

“Agrediram os meninos. Eu fiquei sentado até chegar ao meu limite, mas não aguentei mais. Pessoas desmaiaram. Eu pedi para sair e ele [um agente] me enforcou. Puxou minha algema, e eu estava algemado no pé e na barriga, não tinha como fazer nada. O meu braço de segurança ficou sangrando porque puxaram minha corrente, me apertando“, relatou Jeferson.

O pedreiro Lucas Gabriel também denunciou a conduta dos agentes, afirmando que as algemas só foram retiradas após intervenção da Polícia Federal (PF). “Quando chegamos em Manaus, pedimos para tirar as algemas porque já estávamos em território brasileiro. […] Quando a Polícia Federal chegou, eles queriam tirar as algemas de todo mundo para não mostrar que viemos algemados. Eles são muito irracionais com o povo brasileiro.”

Carlos Vinicius de Jesus, outro brasileiro deportado, reforçou os relatos e destacou que muitos jovens estavam com marcas de agressão, evidenciando a gravidade da situação vivida pelos deportados. Os brasileiros também relataram que não estavam comendo direito e não podiam tomar banho. “Só pão, água, cereal”, disse Lucas Gabriel em entrevista à CNN Brasil.

Fonte: Revista Cenarium

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