Seca afeta navegação no Rio Madeira e preocupa moradores do Sul do Amazonas

No momento, você está visualizando Seca afeta navegação no Rio Madeira e preocupa moradores do Sul do Amazonas
Foto: Raolin Magalhães/Rede Amazônica

Redação – Mesmo com chuvas isoladas, o Sul do Amazonas enfrenta o período de vazante dos rios. Em Manicoré, a seca já começa a impactar a rotina de quem depende da navegação fluvial.

O Rio Madeira, um dos principais corredores de transporte da região Norte, volta a sofrer com os efeitos da estiagem. A baixa no nível da água dificulta o tráfego de embarcações.

“Tem que redobrar a atenção, ir bem devagarzinho pra não topar em alguma coisa”, alerta Matias Lima, prático e comandante de embarcação que atua na região.

Segundo a Marinha do Brasil, o nível atual do Rio Madeira é de 2,16 metros — bem acima da marca histórica registrada no mesmo período de 2024, quando o rio chegou a apenas 36 centímetros e a navegação foi interrompida. Apesar da melhora, autoridades reforçam que o risco continua alto.

Apesar de o rio estar um pouco mais cheio que no ano passado, o risco é constante. Por esse motivo, as autoridades emitiram uma portaria.

“A portaria estabelece uma série de recomendações técnicas com o objetivo de preservar a segurança da navegação, prevenir acidentes e preservar o meio ambiente”, explica o capitão da Marinha, Alessandro Freitas dos Santos.

Para quem trabalha com transporte fluvial, como o gerente de embarcação Cleiton Nascimento, o desafio é manter os serviços funcionando. No ano passado, ele precisou suspender as operações por causa da seca.

“Ano passado tivemos que parar. A seca foi muito forte, e caiu bastante o número de fretes. A produção era pouca, mas mesmo assim, a gente segurou: não aumentou nem passagem e nem frete”, disse Cleiton.

A navegação no Rio Madeira é essencial para o escoamento da produção e o transporte de passageiros na Amazônia. Com a estiagem cada vez mais intensa, o cuidado precisa ser constante para evitar acidentes e garantir que o rio continue sendo uma via de vida para milhares de pessoas.

Foto: Raolin Magalhães/Rede Amazônica

Fonte: G1 Globo

Deixe uma resposta