Chega a 10 o número de pessoas que contraíram a doença no município de Lábrea.
As estratégias foram debatidas junto com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto de Desenvolvimento Agropecuário Florestal e Sustentável (Idam) e Superintendência Federal de Agricultura (Sfa-AM).
De acordo com o diretor-presidente da Adaf, Sergio Muniz, o foco é orientar técnicos para que eles possam repassar informações aos produtores e batedores de açaí, para que os riscos de contaminação possam ser reduzidos, em particular a doença de Chagas acometido pelo inseto popularmente conhecido como barbeiro.
O grupo decidiu ainda durante a reunião, nivelar informações técnicas com todas as entidades para que a agência elabore uma ação de educação sanitária voltada para o processamento do açaí.
Municípios
Ainda segundo Sergio Muniz, inicialmente este trabalho será executado nos municípios que mais produzem o açaí, como Codajás, Canutama, Humaitá, Tefé, Manacapuru, Anori, Coari e Lábrea. Estes são os municípios do Amazonas que mais possuem a alta concentração de batedeiras de açaí cadastradas no Amazonas.
A medida orientativa será executada após comprovação, por meio de análises laboratoriais, a presença do parasita Trypanossoma cruzi, na amostra de açaí consumida pela família que contraiu Doença de Chagas, no município de Lábrea.
Confirmação
De acordo com as análises laboratoriais essa é a primeira vez que é comprovada cientificamente a presença do parasita no alimento. Antes, a comprovação era feita por associação, ou seja, apenas por suposições. A confirmação foi realizada por meio da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) e a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), órgãos da Secretaria de Estado de Saúde (Susam).
Orientação
O material da ação de educação sanitária será para orientar a todos desde a recepção e armazenagem dos frutos, inspeção visual, primeira lavagem, segunda lavagem/sanitização, terceira lavagem ou enxague, o branqueamento, amolecimento, resfriamento dos frutos e despolpamento.
Esse entendimento de todos os órgãos é uma recomendação do governador Amazonino Mendes e o secretário de Estado da Produção Rural (Sepror), José Aparecido dos Santos, para que todas as entidades se completem e integrem fechando toda a cadeia produtiva do produtor ao consumidor.
Fonte: G1 Amazonas
Fotos: Divulgação Internet