Um homem, de 39 anos, foi preso suspeito de vender passagens aéreas falsas e aplicar golpes em agências de viagens em Manaus. Segundo a Polícia Civil, Marcos Rogério Ribeiro Fonseca possuía 55 boletins de ocorrência registrados por estelionato e fraude, além de 30 processos na Justiça.
Fonseca foi preso na segunda-feira (12), por volta das 9h, no bairro Cidade Nova, na Zona Norte de Manaus, em cumprimento de mandado de prisão. Ele foi apresentado à imprensa nesta terça-feira (13).
Segundo a polícia, Fonseca trabalhava desde 2009 como agente de viagens e praticou diversos golpes de estelionato contra clientes.
De acordo com o delegado Jeff Mac Donald, titular do 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), Fonseca já havia sido preso em junho de 2017, também por estelionato.
“Na primeira oportunidade, ele aplicava o golpe diretamente com a pessoa, emitia falso localizador, falsas reservas, falsos vouchers. Depois da primeira prisão ele evoluiu no seu modo de praticar o crime de estelionato”, afirmou o delegado.
Logo após sair da prisão, o homem continuou a praticar os golpes, mas, dessa vez, utilizando o nome de agências de viagem já estruturadas na capital.
“Ao invés de ele ter o dispêndio orçamentário em montar uma falsa agência, ele utilizava de agências já estruturadas na cidade. Ele montou uma página no Facebook chamada ‘Viva Milhas’ e nessa página ele angariava, através de promoções, pessoas e emitia passagens dentro da agência. Ele seria um freelancer e ao mesmo tempo um funcionário, se passando por funcionário”, disse Mac Donald.
A polícia informou ainda que o homem conseguia a confiança das agências e clientes, que não desconfiavam do modo como ele operava os golpes.
“[Ele] levava os clientes para a loja, realizava a transação, mas quem emitia [as passagens] era a agência. O que ele fez? Ele pegou o dinheiro das pessoas, falou para a agência que ele tinha recebido, a agência emitia as passagens, só que ele não passava o dinheiro para as empresas. Então o golpe, ao invés de ser diretamente com o cliente, era com a pessoa jurídica”, disse.
Duas empresas registraram boletins de ocorrências contra o homem e afirmaram ter tido um prejuízo de, pelo menos, R$ 40 mil.
Durante coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, Marcos Fonseca não quis comentar sobre as acusações.
Ele foi indiciado por estelionato e, ao término dos procedimentos na delegacia, será encaminhado ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), onde deve permanecer à disposição da Justiça.
Fonte: G1 Amazonas
Foto: G1 Amazonas