Dois posts no Twitter do comandante do Exército Brasileiro, general Eduardo Villas Bôas, na noite desta terça, dia 3, véspera do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do pedido de habeas corpus para o ex-presidente da República Lula (PT) não ser preso como condenado que é na segunda instância da Justiça, provocaram alvoroço no país.
Em síntese, o general afirma que repudia a impunidade e que os militares compartilham os mesmos anseios do cidadão de bem, “de respeito à Constituição”.
Para muitos, a manifestação é clara mensagem aos ministros do Supremo diante da iminente alteração da jurisprudência de que os condenados em segunda instância devem cumprir sentença na prisão.
Dois ministros do STF admitiram à Folha que as declarações do comandante militar foram tiros de alerta contra guinada que se desenha na corte com concessão de habeas corpus preventivo a Lula.
Em avassalador índice de acesso às publicações do general, Villas Bôas recebeu milhares de manifestações, principalmente de seus pares e de magistrados, a enorme maioria de aprovação à sua posição.
As declarações do comandante do Exército foram feitas depois que o general Luiz Gonzaga Lessa, assim como Villas Bôas, ex-comandante Militar da Amazônia (CMA), afirmou que a intervenção das Forças Armadas pode acontecer, em nítida pressão ao Supremo.
Crescem no país, principalmente entre os generais da reserva (aposentados), as manifestações pró-intervenção, antes contidas e logo abafadas pela cúpula das Forças Armadas. Relembre o caso do general Mourão, no ano passado.
Fonte: BNC Amazonas
Foto: EBC