Vinte casos suspeitos de contaminação por Doença de Chagas são investigados pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) na cidade de Lábrea, interior do Amazonas. Entre dezembro de 2017 e janeiro deste ano, a localidade registrou surto da doença com 12 casos confirmados. A infecção se deu por açaí contaminado com as fezes do Barbeiro, transmissor da doença.
A Fundação de Vigilância informou que, na ocasião do surto da doença, também foi feito inquérito com a população local não sintomática, onde foram coletadas 212 amostras de soro, que foram enviadas para laboratório de referência em Minas Gerais.
O resultado, enviado à Fundação nesta semana, apontou que 20 dessas amostras deram reagentes, o que não significa que essas pessoas tenham contraído a doença.
“Para confirmar a positividade, será feita revisão clínica das 20 pessoas”, disse a FVS.
Na terça-feira (12), a FVS informou que um médico infectologista e um bioquímico da Fundação de Medina Tropical Dr, Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) estarão no município para realizar os exames clínico e sorológico.
“A FVS ressalta que não é seguro submeter ao tratamento para Doenças de Chagas uma pessoa assintomática que não esteja comprovadamente doente, uma vez que o tratamento é prolongado por 60 dias e a droga utilizada pode ter efeitos colaterais”, diz.
Sintomas
Os sintomas da Doença de Chagas são parecidos com o da Malária: febre alta, calafrio, dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, enjoo e vômito. “É muito parecido com o quadro da Malária. Tanto é que, praticamente, quem dá o diagnóstico de Doença de Chagas acaba sendo o microscopista da Malária”, explica Bernardino.
O diagnóstico precoce e o tratamento imediato previnem as formas crônicas da doença e a ocorrência de óbitos.
Foto: G1 Amazonas
Fonte: G1 Amazonas