O impasse entre professores da rede estadual de educação e o Governo do Amazonas iniciado pela paralisação de profissionais na manhã desta terça-feira (2) continua. Após reuniões na Casa Civil com o vice-governador, Carlos Almeida, a categoria decidiu realizar uma assembleia na próxima terça-feira (9) para decidir se haverá greve. As aulas, porém, serão retomadas nesta quarta-feira (3).
Os professores solicitam aumento de 15%, enquanto o Governo oferece 3,93%. Segundo o titular da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Luiz Castro, a porcentagem ofertada é o máximo que pode ser alcançado por conta da Lei Orçamentária.
“Pela vontade do governador e minha o aumento seria maior, mas há um impedimento legal de ordem jurídica. Ele está baseado na lei de responsabilidade fiscal, que – em situações que o Amazonas vive atualmente, de ter ultrapassado o limite prudencial e chegando no limite máximo dos gastos de pessoal – não é possível ganho real”, disse o secretário.
Além da porcentagem estabelecida, o governo anunciou reajuste de 2% na progressão por tempo de serviço. Ambas as reposições serão depositadas a partir de abril, com pagamento de retroativo referente ao mês de março.
Reunião com professores
Na Casa Civil, o vice-governador recebeu representantes da categoria. Após três horas de reunião, não houve acordo. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), a categoria realizará uma assembleia geral no dia 9 de abril com a participação de profissionais do interior do Amazonas. No encontro, a categoria decidirá se vai entrar em greve.
De acordo com levantamento do Sinteam, professores de pelo menos 17 municípios do Amazonas paralisaram as atividades nas escolas.
*Com informações da assessoria