Desembargadora que soltou Nejmi Aziz já foi acusada de tráfico de influência

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A desembargador federal Maria do Carmo Cardoso, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), foi responsável pela soltura da esposa do senador e ex-governador do Amazonas Omar Aziz, Nejmi Aziz. Na decisão, a desembargadora Maria do Carmo Cardoso destacou que Nejmi foi solta porque os méritos investigados “não são contemporâneos”, datando de 2014 e 2016. Além disso, a magistrada avalia que a prisão de Nejmi não é necessária para que as investigações criminais sejam realizadas.

Maria do Carmo ficou conhecida após reportagem divulgada pela revista Veja em 2017, mostrar que os empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, tentaram comprar decisões judiciais de tribunais superiores em Brasília.  Na época segundo a matéria os donos da JBS, contavam com a ajuda da advogada Renata Gerusa Prado de Araújo e com a mãe dela, a desembargadora federal Maria do Carmo Cardoso, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

O caso veio à tona após o empresário Pedro Bettim Jacobi, ex-marido de Renata, copiar os arquivos de conversa do celular da ex-mulher que considerava comprometedora e entregar no Ministério Público Federal. Ainda segundo a matéria as mensagens eram mantidas entre o diretor jurídico da JBS, Francisco de Assis e Silva, e a advogada Renata filha da desembargadora Maria do Carmo. Nas conversas, ambos definiam estratégias para conseguirem decisões favoráveis aos irmãos Batista. O conteúdo das conversas citava pagamentos em espécie e tráfico de influência.

Na mesma matéria da revista Veja também traz um diálogo entre Renata e Dalide Corrêa funcionária do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), de propriedade do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Dalide é conhecida por ser o braço-direito do ministro e teria procurado advogada Renata preocupada com uma eventual delação premiada dos executivos da JBS vir atingir a imagem do ministro Gilmar e ela própria. Na conversa, Dalide teria procurado a desembargadora Maria do Carmo, que, segundo consta em diálogo, “tinha um apreço imenso por ela”.

Maria do Carmo também se envolveu em polêmicas referente a celebração do golpe militar de 1964. A desembargadora autorizou as Forças Armadas a comemorar o aniversário de 55 anos, do golpe militar.

Em sua alegação, a magistrada afirmou ainda que “o estado democrático de direito pressupõe o pluralismo de ideias e projetos” e que o dia “31 de março de 1964 sempre foi objeto de lembrança pelas Forças Armadas”.

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