Sindicalistas afirmam que foram intimidados por agentes federais durante reunião, em Manaus

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A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteam), Ana Cristina, ao falar sobre a presença de agentes federais na reunião que planejava atos contra o presidente Jair Bolsonaro em Manaus, disse que “A democracia está por um fio”.

Eles estavam armados com fuzis e pistolas, e se apresentaram como membros da “segurança do presidente”. “O que aconteceu aqui feriu o direito da liberdade do cidadão de se expressar, de se manifestar pacificamente. É preciso que se leve muito a sério o que aconteceu, não só a Constituição Federal foi posta de lado com essa ação deles, como essa intimidação dentro do sindicato  feita aos representantes dos movimentos sociais. [Essa atitude] nos leva a uma preocupação muito grande porque a nossa democracia está por um fio”, enfatizou a presidente do Sinteam.

Ainda segundo os agentes, eles estavam a mando do Exército. Os policiais não são lotados na PRF -AM e fazem parte da comitiva do presidente. De acordo com o secretário de finanças do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Amazonas (Sinteam), professor Cleber Ferreira, esse fato é atípico e nunca aconteceu antes.

“Os policiais estavam nitidamente nervosos e desconfortáveis, e apenas um deles realizou as perguntas de forma incisiva. Eles questionaram onde estava ocorrendo a reunião, quais eram as entidades presentes e qual seria o teor das atividades para as manifestação que serão realizadas amanhã’, disse.

Veja os vídeos abaixo:

 

As perguntas duraram em torno de 30 minutos e após isso, foram embora. O Ministério Público Federal (MPF), por iniciativa própria, abriu um inquérito para apurar o fato e pedir esclarecimentos sobre o ocorrido, de quem saiu a ordem. Isso porque o Comando Militar da Amazônia (CMA) nega que tenha enviado os agentes, embora afirme que tinha “ciência da operação”, e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) declarou que não vai se manifestar.

Pelas redes sociais, a deputada federal Gleisi Hoffman (PT) exigiu esclarecimentos da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Comando do Exército e o Ministério da Defesa. A parlamentar classificou o episódio como “gravíssima violação das liberdades constitucionais de reunião, organização e manifestação”.

Atos acontecem nesta quinta O intuito da reunião realizada, na última terça-feira(23), foi traçar uma agenda de atos contra o presidente, durante sua visita a Manaus nesta quinta(25). Os organizadores afirmam que o ato será pacifico e o episódio não afetou o planejamento das manifestações.

Crédito: Agência AM1

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