Operação da PF em Manaus mira criminosos e empresas envolvidas no tráfico internacional de drogas

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Foto: Divulgação PF
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Manaus/AM – A Polícia Federal deflagra na manhã desta quarta-feira (20), a Operação Vikare, que tem como alvo uma organização criminosa ligada ao tráfico internacional de droga e a crimes como lavagem de dinheiro.

A ação que cumpre 24 mandados de prisão preventiva, além de 49 mandados de busca e apreensão, acontece em Manaus e Itacoatiara, no Pará (Belém e Ananindeua), Piauí (Teresina), Ceará (Fortaleza), Mato Grosso do Sul (Campo Grande, Paranhos e Aral Moreira), São Paulo (capital e Sorocaba), Rio de Janeiro (capital) e Paraná (Foz do Iguaçu e Londrina).

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O grupo utilizava o estado do Amapá como base operacional de suas atividades relacionadas à importação e transporte de drogas, por meio de aeronaves para diferentes pontos do País.

Os alvos são pessoas físicas e também empresas.  A organização criminosa também contava com participação de brasileiros e estrangeiros, voltada à prática de diversos crimes, notadamente o tráfico internacional de drogas, por meio de uma rota que passava por países da América do Sul, principalmente Colômbia e Venezuela e tinha o estado do Amapá como uma de suas bases logísticas fundamental, de onde as drogas partiriam para outras regiões do Brasil.

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Durante as investigações, a polícia descobriu ainda, que empresas de “fachadas” de outros estados participavam do esquema para ocultar o dinheiro conseguido ilegalmente.

A organização criminosa possuía, na estrutura, mecânicos de aeronaves, pilotos, operadores financeiros responsáveis pelos valores obtidos pelas atividades ilícitas, além de terceiros que recebiam quantias em contas pessoais e empresas, cujo objetivo era dar aparência de legalidade ao dinheiro.

A ação de hoje teve origem em maio de 2020, quando investigações da Polícia Federal, no Amapá, descortinaram movimentações suspeitas de aeronaves na região.

Foram descobertos destroços de um avião de pequeno porte, que ficou atolado em uma região no município de Calçoene/AP.

Este estava, em grande parte, destruído por um incêndio. Os policiais ainda perceberam que o avião estava adaptado para transportar drogas, semelhante ao que é feito com outros apreendidos em ações policiais Brasil afora.

Os investigadores levantaram informações de que uma outra aeronave pousou no mesmo local e resgatou os tripulantes e a carga.

Com o avanço da investigação, verificou-se que o proprietário do avião foi preso em julho do mesmo ano, no Paraguai, enquanto pousava uma outra aeronave carregada com 425 kg de cocaína.

A aeronave de pequeno porte utilizada para resgate das pessoas e carga, que havia caído em Calçoene/AP, em março, foi vendida a um outro indivíduo.

Este, em novembro de 2020, também foi preso em flagrante na cidade de Ipixuna/PA, próximo a Paragominas/PA, transportando 450 kg de “skunk”, logo após deixar Macapá, saindo de um aeródromo desta capital.

No Amapá, a Polícia Federal encontrou indícios de que este aeródromo fornecia apoio logístico, como combustível, para a aeronave fazer esses voos aos demais estados brasileiros, bem como a outros países fornecedores da droga, como Colômbia e Venezuela.

O local também foi utilizado como ponto de apoio para realização dos preparativos da aeronave de modo a deixá-la em condições para voar com autonomia para longas distâncias e assim trazer a maior quantidade de drogas possível.

Uma das empresas investigadas foi constituída no ramo de cosméticos, sob a administração de uma mulher de origem colombiana, residente em Sorocaba/SP, o que facilitava o acesso a produtos químicos usados no refino de drogas.

Constatou-se indícios de que a suspeita já havia sido presa em 2012 por tráfico de drogas e era a principal responsável pelo fornecimento de drogas da organização criminosa.

A investigação revelou também que uma empresa do ramo de venda de peixes no Rio de Janeiro/RJ foi identificada como integrante da organização criminosa, cuja atuação consistia em esconder as drogas no meio da carga de peixe, na tentativa de dificultar o trabalho da polícia.

Com informações do Portal do Holanda

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