
Redação – Jair Bolsonaro (PL) criou uma série de medidas em ano eleitoral para utilizar na campanha pela reeleição. Apesar de ter conseguido implementar uma boa parte delas dentro do prazo, o empréstimo consignado para o Auxílio Brasil possivelmente não será implementado antes da batalha nas urnas.
Integrantes do governo admitem, sem muito alarde, que a medida enfrenta ainda dificuldades para ser aprovada. O atual presidente sancionou a Lei 14.431 no começo de agosto, autorizando a nova modalidade de crédito. A expectativa era que o projeto fosse regulamentado rapidamente.
A ideia era permitir que os beneficiários do Auxílio Brasil comprometessem até 40% do benefício de R$ 400 ao conseguir um empréstimo de cerca de R$ 2.056.
No entanto, como o governo não definiu um teto para os juros que seriam cobrados na modalidade de crédito, setores do mercado e do próprio governo passaram a se preocupar com as taxas abusivas que poderiam ser cobradas pelas instituições financeiras.
Medida poderia causar um endividamento ainda maior entre as pessoas mais pobres. O impasse ainda envolve questões de ESG, uma vez que os bancos poderiam estar obtendo lucro com a camada mais miserável da população, que comprometeria grande parte da renda no pagamento das parcelas.
No momento em que a medida foi anunciada, algumas instituições estavam fazendo pré-cadastro de interessados com juros anuais de cerca de 80% ao ano, quase o triplo do cobrado nos empréstimos consignados de servidores públicos.
Após muitas discussões, o Ministério da Cidadania tem se movimentado para tentar fechar nesta semana um consenso interno e com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). dessa forma, seria possível implementar o projeto na primeira quinzena de outubro.
Com informações Yahoo notícias