Exclusivo: Bolsonaro se recusa a comentar 1ª parte de julgamento no STF

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Bolsonaro no julgamento da denúncia por tentativa de golpe (Antonio Augusto/STF)

Redação – Após o fim da primeira parte do julgamento da denúncia de tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira, 25, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) deixou o plenário cercado por seguranças e se recusou a comentar sobre a sessão. O momento foi registrado com exclusividade pela repórter da CENARIUM em Brasília (DF), Ana Cláudia Leocádio.

Bolsonaro acompanha a análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa o ex-presidente e outras sete pessoas de tentativa de golpe. Questionado pela CENARIUM se retornaria ao julgamento, Bolsonaro afirmou: “Só falo quando o julgamento acabar.”

O julgamento, que será retomado ainda na tarde desta terça-feira, é realizado pela Primeira Turma do STF, composta pelo ministro relator, Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia.

Julgamento no Supremo
Os cinco ministros da Primeira Turma do STF começaram a analisar a denúncia oferecida pela PGR contra o ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro, e outros sete auxiliares, acusados de cinco crimes, entre eles tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada, nos ataques de 8 de janeiro de 2023. Caso a denúncia seja acatada, os oito viram réus e irão responder a ações penais.

Na denúncia apresentada ao STF, no dia 18 de fevereiro deste ano, a PGR aponta Bolsonaro como o líder do chamado “Núcleo 1” ou “grupo crucial” na trama para impedir a posse do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, relaciona os ataques às urnas eletrônicas, os protestos em estradas e em frente aos quartéis, e o plano para assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação, como parte das estratégias do grupo.

Além do ex-presidente, constam na denúncia:

Ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), hoje deputado federal Alexandre Ramagem;
Ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos;
Ex-ministro da Justiça, Anderson Gustavo Torres;
Ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Augusto Heleno Ribeiro;
Ex-ajudante de Ordens de Bolsonaro, coronel Mauro Cesar Barbosa Cid;
Ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira;
Ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022, general Walter Souza Braga Netto.

Reprodução Agência Cenarium

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