O Centro Estadual de Referência em Direitos Humanos “Adamor Guedes” (Cerdh), inaugurado em 11 de janeiro de 2016 pelo Governo do Estado e sob a coordenação da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), completa dois anos de atividades nesta quinta-feira (11/01).
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Com objetivo de promover ações de incentivo e disseminação da cultura de respeito aos Direitos Humanos, o órgão atende com estratégias através de ações e atividades, recebimento de denúncias, orientação, atendimento psicossocial e encaminhamentos às minorias que mais sofrem com a violação desses direitos, como crianças e adolescentes, idosos, população LGBT, negros, vítimas de intolerância religiosa ou preconceito racial, indígenas, pessoas em situação de rua, trabalho escravo ou em vulnerabilidade social, pessoas com deficiência, catadores de recicláveis, mulheres, agressores de violência doméstica e familiar, beneficiários de programas sociais, egressos do sistema prisional, profissionais do sexo, refugiados, migrantes e vítimas de tráfico humano, de xenofobia, de conflitos agrários, em sofrimento psíquico, pessoas sob proteção a testemunha, entre outras.
“Qualquer pessoa que seja vítima de discriminação, preconceito, da intolerância, do desrespeito ou que seja abusada, maltratada, negligenciada ou abandonada pode ser atendida no Cerdh. O trabalho é realizado em parceria com a rede de garantia de direitos, órgãos do poder público e sociedade civil organizada”, explica o secretário da Sejusc, Arthur Lins.
Atendimentos – Em dois anos de atuação foram atendidas 2.520 pessoas, sendo que a maioria na Gerência de Migração, Refúgio, Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Trabalho Escravo, seguido da Gerência de Diversidade e Gênero.
“Em 2017, os migrantes oriundos da Venezuela, em especial os indígenas da etnia Warao, tiveram destaque no atendimento devido à crise no país. A Sejusc fez as primeiras tratativas em dezembro de 2016 para a resolução do abrigamento e ordenamento desse público em Manaus, além de fazermos atendimentos diversos. No que diz respeito à diversidade e gênero, o público LGBT nos procurou para fazer denúncias de homofobia, solicitou demandas de garantia de direitos, como a emissão da carteira de nome social, e implementamos várias atividades educativas e informativas”, destaca Lins.
Atividades – As estratégias para atingir os demais públicos-alvo de maneira espontânea foram realizadas por meio de 301 atividades entre campanhas estaduais, rodas de conversas sobre direitos humanos, seminários, conferências, atos públicos, palestras e abordagens educativas.
“Em 2017, conseguimos atingir com o apoio da rede, cerca de 200 mil pessoas da capital e interior somente com as ações do Cerdh. Neste ano, vamos aumentar esse quantitativo”, enfatiza o gestor.
O Centro Estadual de Referência em Direitos Humanos “Adamor Guedes” funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h, na rua Major Gabriel, 1.192, bairro Praça 14 de Janeiro, zona centro-sul. Os telefones para informações e para fazer denúncias são 3131-2301 e 3131-2302.