A pedido do Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas, a Justiça Federal determinou a prisão preventiva de Mouhamad Moustafa e de Gilberto de Souza Aguiar, réus em ações penais e de improbidade administrativa decorrentes da Operação Maus Caminhos. A decisão também determina a busca e apreensão do celular de Mouhamad e das imagens do circuito interno de TV da residência dele para análise de indícios de autoria relacionada ao crime de embaraço de investigação da Operação Cashback, quarta fase da Operação Maus Caminhos.
De acordo com o pedido do MPF, investigações da Polícia Federal apontam indícios de comunicação entre os réus, que teriam se encontrado de forma velada, contrariando medida cautelar determinada no momento de suas respectivas solturas. O encontro teria o objetivo de compartilhar informações sigilosas referentes à deflagração da Operação Cashback, antes mesmo da execução das medidas ostensivas relativas à operação. Diálogos entre Gilberto e sua esposa demonstram que Giberto e empresários envolvidos na Operação Cashback tinham conhecimento prévio das ações policiais relativas à deflagração da operação.
A investigação policial aponta que a reunião foi realizada na residência de Mouhamad, que deu instruções, por meio de mensagens de áudio, no dia 26 de setembro deste ano, para que Gilberto estacionasse seu carro em um centro comercial, localizado no lado oposto ao condomínio onde reside Mouhamad, que enviaria um funcionário para buscar Gilberto, com o intuito de evitar eventuais registros na portaria do condomínio.
Réus
Gilberto de Souza Aguiar é réu em cinco ações penais e quatro ações de improbidade administrativa decorrentes da Operação Maus Caminhos. Ele é proprietário da empresa Medimagem, acusada de superfaturar contratos e receber pagamentos sem nota fiscal em contratos com o Instituto Novos Caminhos (INC).
Com informações da Assessoria