Em menos de 24 horas mais de 339 mil usuários do whatsapp caíram no golpe “Retrospectiva do Whatsapp 2018”. As informações foram divulgadas pela cibersegurança da PSafe.
Segundo a Psafe, golpistas estão se aproveitando do aplicativo de mensagens para espalhar links que direcionam o usuário para páginas falsas, que capturam dados pessoais ou disseminam aplicativos maliciosos. A mensagem enviada por um contato promete relembrar fotos antigas, status e conversas, mas o objetivo “é gerar lucro por meio de publicidade e, em alguns casos, o golpe redireciona o usuário para falsas páginas de promoção que solicitam dados pessoais”.
O golpe também foi analisado pela Kaspersky, que apresentou um exemplo da mensagem recebida: “Pessoal, acabei de ver minha Retrospectiva 2018 que o WhatsApp liberou. Muito bom! Relembrei as fotos antigas, status e conversas. Veja a de vocês aí”. Ao clicar no link, o usuário acessa uma página que diz “Sua retrospectiva foi criada com sucesso” e o induz a compartilhar a mensagem.
Segundo a Kaspersky, o site malicioso pode exibir um alerta para que o usuário instale o “App de Segurança WhatsApp”, com a promessa de liberar memória e proteger o celular contra ameaças. O aplicativo, que é falso, tinha mais de 100 instalações e estava na loja oficial do Google. E o problema é recorrente: o mesmo desenvolvedor publicou na Play Store o “Vivo Internet Grátis”, se utilizando da marca da operadora.
O analista sênior da Kaspersky, Fabio Assolini, comenta que uma das finalidades desses aplicativos maliciosos é roubar dados financeiros. “Golpistas já se deram conta que golpes disseminados via WhatsApp têm um alcance gigantesco, pois em pouco tempo chega até milhões de usuários. Mesmo as limitações mais recentes adotadas pelo WhatsApp não são capazes de bloquear a disseminação orgânica dessas mensagens falsas”, diz.
No começo de dezembro, o WhatsApp começou a limitar o encaminhamento de mensagens no mundo inteiro para evitar fake news. Como o golpe da retrospectiva tenta se espalhar por meio do compartilhamento de uma mensagem padrão, e o WhatsApp tem criptografia de ponta a ponta, não podendo ler as mensagens dos usuários, é quase impossível impedir a disseminação do link malicioso.
(Texto com informações da Veja e Folha de São Paulo)