Arlete dos Santos Alvarez, 72, foi assassinada com tiros à queima-roupa na noite deste sábado (13), na avenida Epaminondas esquina com a Travessa Padre Ghisland, no bairro Centro, na Zona Sul de Manaus. Esta foi a segunda mulher morta na região em menos de seis horas.
Ao jornal A Crítica, uma testemunha que preferiu não se identificar, disse que estava observando o movimento da rua por volta das 18h, quando uma mulher abordou Arlete e passou um celular. Minutos depois, a idosa que era pensionista do Exército Brasileiro (EB), foi surpreendida com os tiros.
“No momento em que Arlete fazia uma ligação, um homem chegou pela rua paralela e efetuou cinco disparos. Em seguida, o casal entrou em um carro Gol, de cor branca. Eu conhecia a vítima, mas não tinha amizade. Com o marido cadeirante, ela ficava vagando na rua usando e vendendo drogas”, disse a testemunha.
Conforme informações da perícia criminal, do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), a vítima foi atingida com dois tiros no rosto. O corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML).
Outro assassinato
Por volta das 15h30 do mesmo dia, outra mulher foi assassinada na mesma região. A vendedora ambulante Rosimar da Silva Vieira, 47, foi alvejada com seis tiros à queima-roupa em uma banca no tradicional Terminal de Ônibus da Matriz, na rua 15 de Novembro, no bairro Centro, na Zona Sul.
À polícia, testemunhas relataram que Rosimar estava atendo um cliente, quando dois homens chegaram ocupando uma motocicleta, de características não informadas. O garupa sacou uma arma de fogo e efetuou os disparos, sendo dois na cabeça e quatro nas costas da vítima, que morreu na hora.
No local, a polícia obteve informações que Rosimar era proprietária de mais cinco bancas de camelô para vendas de guloseimas e bebidas, mas também fazia vendas de entorpecentes para integrantes de uma facção criminosa.
Atualmente, Centro, comunidade Bairro do Céu e Nossa Senhora de Aparecida são dominadas pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), de origem paulista e que vem disputando o controle dos pontos de drogas.
Para a equipe de investigação da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), as mortes das mulheres podem ter relação e serão investigadas. A área tem intenso tráfico de drogas.
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Fonte: A Crítica.